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Gênio da publicidade, Olivetto se recusava a fazer campanhas políticas e só declarou voto no Brasil uma vez

m várias entrevistas, ele afirmou que não trabalhar para políticos era 'dinheiro muito bom de não ganhar' e que sempre preferiu atuar com 'produtos que o consumidor possa devolver se não gostar'. Apesar disso, transformou Maluf e Brizola em garotos-propagandas de calçado

13/10/2024 19h33
Por: Redação
Gênio da publicidade, Olivetto se recusava a fazer campanhas políticas e só declarou voto no Brasil uma vez
O publicitário Washington Olivetto em entrevista ao programa 'Conversa com Bial', em 2018. — Foto: Reprodução/TV Globo

O publicitário Washington Olivetto em entrevista ao programa 'Conversa com Bial', em 2018. — Foto: Reprodução/TV GloboGênio da publicidade e do marketing no Brasil, Washington Olivetto morreu aos 73 anos no Hospital Copa Star, no Rio de Janeiro. Ele sempre foi assediado por políticos e partidos para assumir campanhas eleitorais, mas nunca aceitou os convites.

Repetiu várias vezes que campanha política no país era “um dinheiro muito bom de não ganhar”.

“Eu nunca fiz campanha política no Brasil e costumo dizer que esse foi um dinheiro muito bom de não ganhar. Nunca trabalhei para candidatos nem para empresas do governo que admiro, como a Petrobras, por exemplo. Por coerência. Acho que o grande problema do Brasil é melhorar o produto. Não adianta fazer uma campanha para um produto que está torto. A pior coisa que um mau produto pode ter é boa propaganda. Porque todo mundo vai descobrir”, disse ele em 2018 em entrevista à JovemPan.

Washington Olivetto, publicitário — Foto: Divulgação

Washington Olivetto, publicitário — Foto: Divulgação

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Na visão de Olivetto, os problemas políticos vividos pelo Brasil se davam justamente pelos anos de falta de investimentos em Educação, que gerava, inclusive, os maus políticos.

“O Brasil está colhendo atualmente os muitos anos de falta de investimento em Educação. Tudo o que nós temos de problema está atrelado ao problema da Educação. A violência, a distribuição de renda”, declarou.

Em 2018, no programa Conversa com Bial, da TV Globo, Olivetto explicou os motivos de nunca ter aderido a esse tipo de publicidade, tão forte no Brasil.

“Quando comecei a trabalhar, o Brasil vivia uma ditadura política. Era a época do ‘Brasil, ame ou deixe-o’, ‘Eu te amo meu Brasil’. E eu não queria fazer esse tipo de coisa. No início eu era empregado de uma agência onde os donos eram profissionais magníficos, que respeitaram essa minha vontade. (...) Com o passar do tempo isso até virou um diferencial meu. Garanto a você que nunca fiz, nunca farei e, se tivesse feito, faria mal. Porque eu preciso tanto da decisão profissional, que é da iniciativa privada, que eu não saberia trabalhar com a decisão política”, declarou

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