Márcio TorresMárcio é Bacharel em Administração de Empresas pela Faculdade estadual do Tocatins e técnico em várias outras áreas entre elas na área imobiliária, sempre estudioso da ciências sociais sendo um pensador liberal e escritor e consultor
Em comparação com outras atividades de produção animal, iniciar um negócio apícola exige investimento em torno de R$ 350,00 por 50 colmeias. A margem de lucro é alta, com um custo que representa em torno de 25% da produção final. Além disso, o apicultor tem a vantagem de trabalhar com uma espécie que contribui para o equilíbrio do meio-ambiente. Porém, cuidados com questões técnicas, sanitárias e de mercado são essenciais nesse negócio. E dominar os recursos tecnológicos do setor é fundamental.
O primeiro passo é buscar a avaliação técnica de um apicultor ou especialista do setor, para verificar a possibilidade de começar o negócio no local definido. É necessário saber se a região possui boas floradas (época do desabrochar das flores), verificando quais são os tipos de flores preponderantes no local.
O apicultor precisa de um enxame com cerca de 50 mil abelhas, além da rainha, para começar a produção. “Em uma colmeia, existem três castas de abelhas: as operárias, a rainha, e o zangão, que vive para se reproduzir com a rainha. O zangão só consegue se manter na colmeia com uma boa quantidade de néctar ou uma alimentação alternativa, senão a rainha o expulsa”, explica Nelson Vuaden, apicultor e ex-presidente da Associação Gaúcha de Apicultores. Vuaden salienta que o apicultor iniciante não pode esquecer de trabalhar com EPI’s (Equipamento de Proteção Individual) e EPC’s (Equipamento de Proteção Coletiva), tais como: botas, macacão para apicultura, chapéu tipo capacete e luvas.
Além do mel, o própolis, a geléia real, a cera de abelha e o pólen podem ser produzidos por quem trabalha com apicultura. O mais abundante é evidentemente o mel, alimento reconhecidamente aliado no combate a doenças, rico em minerais, proteínas e vitaminas essenciais à saúde. O Brasil, segundo a Abemel (Associação Brasileira de Exportadores de Mel), é o oitavo maior exportador de mel do mundo, o que representa um valor de US$ 98,5 milhões em exportação.
O apicultor e proprietário da empresa Mel do Tio Gerson, Gerson Fensterseifer, garante que para prosperar no negócio é necessário investir em tecnologia. “A pessoa que quer investir em apicultura certamente terá sucesso se fizer uma boa gestão, conhecer bem as floradas da região e usar a tecnologia a seu favor”, garante.
Um tipo de tecnologia que Fensterseifer cita serve para não perder as abelhas durante o inverno. O Alimentador Dolittle, por exemplo, evita a falência das abelhas por falta de alimentos, além de estimular a produção de ovos da rainha. “Com organização e planejamento o agricultor terá sucesso, pois espaço existe, e o investimento e custo de produção são baixos”, afirma.
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